Sim ! A explicação para esse fenômeno é relativamente simples: as principais estruturas vitais da barata não estão na cabeça. É como se os “neurônios” estivessem espalhados por todo o corpo. O sistema nervoso fica espalhado pelo abdome. Somando à esta proeza, elas também respiram por estruturas chamadas espiráculos, uma série de pequenos poros distribuídos ao longo do corpo que mantêm o entra-e-sai de ar numa boa. Acha que acabou ? Na na ni na não !!! Elas ainda apresentam uma pressão sanguínea muito menor que a dos mamíferos. Por isso, quando ela é decapitada, não se tem uma perda de “sangue” que comprometa sua sobrevivência, de forma instantânea.

O sistema nervoso é uma cadeia de nervos interligados, um em cada anel do corpo. Cada um deles funciona sozinho por um tempo se alguma parte da cadeia for lesada. É por isso, que esse inseto inconveniente é capaz de sobreviver mesmo após ter sido decapitado. Ou seja, a barata com o passar dos dias acaba morrendo pela ausência do aparelho bucal e a impossibilidade da ingestão de alimento e não propriamente pela falta da cabeça.

Estes dois cabelinhos, na parte traseira, xhamados de cercis, funcionam como uma biruta e ajudam à barata, a saber, qual é a direção do ar. Quando alguém se aproxima, eles sentem o ventinho e dão o alarme. Tal sistema é capaz de trazer informações precisas ao inseto sobre qualquer eventual inimigo, sua velocidade e localização exatas; sendo também o responsável por detectar a presença de outras cascudas.

Os espinhos das patas transmitem doenças. As unhas dão ao inseto a habilidade de andar pelas paredes, pelo teto ou até em vidros lisos. Embora, inofensivas, as lazarentas podem ferir com esses espinhos quem tente manuseá-las.

As antenas são as partes mais sensíveis do bicho, são revestidas por cílios microscópicos e estão ligadas diretamente ao sistema nervoso. Percebem cheiros, umidade e calor. Curiosamente quando duas baratas se encontram, elas tendem a encostar suas antenas como um tipo de “cumprimento”. Caso pertençam ao sexo oposto, elas copulam, e em apenas 150 dias de vida, uma fêmea da espécie consegue se reproduzir oito vezes e dar à luz 40 baratinhas de cada vez.

Fonte: Nova Hunter

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